concurso de aquario.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    Esse é um video que ajuda muito as pessoas a montar seus aquários, vamos curti juntos.

EVOLUÇÃO DOS AQUÁRIOS

Durante toda a sua existência, o aquarismo mudou muito. Na tabela abaixo, podemos ver a evolução dos recipientes onde os peixes foram criados, com as criações das respectivas décadas:

Década de 30BUTIJÃO REDONDO DE VIDRO
Década de 40ARMAÇÃO DE FOLHA DE FLANDRES
Década de 40ARMAÇÃO DE FERRO COM CANTONEIRA
Década de 50ARMAÇÃO DE ALUMÍNIO ANODIZADO
Década de 60ARMAÇÃO DE AÇO INOXIDÁVEL
Década de 80MONOBLOCO DE VIDRO
Década de 90ACRÍLICO

Peixe hobby responde.

Nessa seção você encontrará algumas das dúvidas mais comuns entre os aquaristas. Elas foram enviadas para mim ou retiradas de listas de e-mails sobre aquarismo.

1. Meus peixes estão com pequenos pontos brancos, o que são?
R. É provável que eles estejam com Íctio, parasita causado, em geral por baixas temperaturas.

2. Como faço para tirar boas fotos de meus peixes?
R. Segundo informações do MiniAtlas do Dr. Axelrodi, deve-se usar um aquário não muito largo. Este deve ter uma divisória no meio, de forma que você possa colocar o peixe na parte da frente da divisória. Na parte de trás, você coloca a "decoração", que funcionará como fundo para a foto. Como iluminação, você pode utilizar duas lâmpadas, uma incidindo de cima e outra da parte frontal, com um ângulo de 45º. Uma boa máquina ajuda, mas seguindo estes itens, você já conseguirá alguns resultados.

3. Adquiri um peixe, pus no meu aquário e ele não está comendo, por quê?
R. Geralmente quando transferidos de ambiente, os peixes sentem a mudança. Dependendo da espécie, varia o tempo de retorno às atividades normais. Entre elas, está a alimentação, que só será perfeitamente retomada quando o peixe estiver completamente adaptado. Por essa razão, é comum um choque na chegada, que após um tempo se normaliza.

4. A água do meu aquário está ficando verde, por quê?
R. Provavelmente houve uma explosão de algas verdes em seu aquário. Geralmente, isto é causado por falta de plantas, excesso de luz e alimento para as plantas. Para evitá-las, você pode reduzir a iluminação do aquário, seja natural, seja artificial ou aumentar o número de plantas naturais no aquário, uma vez que estas concorrem com as algas pelos alimentos. Além disso, boas trocas parciais de água ajudam.

AQUECIMENTO

                                                  
Dependendo das espécies criadas, pode ser necessário aquecimento. Este, comumente, consiste na introdução de um aquecedor, de preferência com um termostato, além de um termômetro, para verificar as medidas.
De modo geral, uma temperatura situada entre 24ºC e 28ºC é suportável para os peixes. Assim, só se faz realmente importante o aquecimento na manutenção de peixes tropicais a uma temperatura abaixo de 24ºC, ou em condições especiais. Estas podem estar entre as seguintes:

a) Presença de peixes que requerem temperaturas elevadas, como o Symphysodon discus (acará disco), média de 28ºC - 30ºC.
b) Presença de filhotes, quando se deseja que eles tenham um rápido crescimento, uma vez que a temperatura aumenta o metabolismo.
c) Infestações por doenças sensíveis a altas temperaturas, como o Ichthyophthirius multifiliis (íctio), que não suporta temperaturas superiores a 30ºC.
d) Presença de peixes em fase de desova, que pode ser estimulada por aumento na temperatura.

Termômetro

Um termômetro é um dispositivo capaz de medir a temperatura de um meio em um determinado momento. Há vários tipos de termômetros. Em aquarismo, utilizam-se dois tipos, basicamente: o comum (semelhante ao clínico) e o digital.

O termômetro comum consiste em um tubo de vidro, dentro do qual há um tubo mais estreito, com um líquido colorido (mercúrio, em geral) e uma escala numérica. A medida é feita com base na dilatação do líquido.
Quando a temperatura sobe, o líquido se dilata mais rápido que o tubo. Comparando-se a altura de sua coluna com a escala numérica, tem-se o valor da temperatura.
Pode ser utilizado solto no aquário ou preso ao vidro com uma ventosa, por dentro.

O termômetro digital consiste em uma fita adesiva com um sistema de cristal líquido, que permite medir a temperatura das superfícies em contato. A leitura é feita diretamente, uma vez que o aparelho mostra o valor propriamente dito em uma escala numérica e de cores. Atenção: a medição pode ser afetada pela incidência direta de raios solares.

Obs.: em aquários grandes, é aconselhável o uso de mais de um termômetro, em locais diferentes, devido às variações da temperatura da água.
                                               

HISTÓRIA DO JAPONÊS (KINGUIO)

Por estar presente nos fatos aquarísticos há centenas de anos, o Carassius auratus merece um comentário à parte. O peixe japonês, ou kinguio, teve sua origem no Tibet.

O gênero Carassius foi aplicado pela primeira vez por Conrado de Gesner, naturalista suíço, nascido em 1516 e falecido em 1565. O termo vem do grego "Karas", nome vernáculo de um peixe da antiga Grécia.
Nos diversos países, ele recebe os seguintes nomes:
Alemanha - GoldfishArábia - Sanak murian; Laun dhahabi
China - Chin Y'u; Kin - Y'uFrança - Poisson rouge
Japão - Kingyo; HibunaPortugal - peixe-japonês
Rússia - Zolatai ribkiTurquia - Mercan baligi

A diferença básica entre eles e a Carpa (Cyprinus carpio) se deve à ausência de barbilhões no japonês.

Segundo um relato de Schierig, data de 1369 a notícia oficial da criação de peixes na China, ocorrida durante a dinastia do Imperador Hung-Wu.

Em 1596, Chang Chi En-Tê escreveu Chu Sha Yu P'U ("Livro dos peixes vermelhos"), onde ele ensinava como mudar a água do vaso de porcelana, como proteger do frio e limpar os dejetos. Nascia, desta forma, a Aquariofilia e o primeiro livro específico. A primeira enciclópedia de que se tem notícia data de 1735 e se chamava "Ke-Chin-King-Yuan".

Jarras de porcelana pintadas com figuras de Kinguios foram encontradas nos conventos budistas de Hang-Chou.

Na Europa, o japonês foi levado primeiramente à França, em 1750, como presente para Madame Pompadour, a favorita de Luiz XV.

Na América, isso só ocorreu mais tarde, no século XIX, embora não com muita força.

Atualmente, podemos presenciar uma grande variedade destes peixes, tanto em cores, quanto em forma. Nas cores, temos os comuns esverdeados, dourados, alaranjados, vermelhos, pretos, brancos, rosas, cinzas, azulados e multicoloridos. Já quanto à forma, há comuns, cometas, telescópios, miracéus, oranda, bolhas, entre outros. Apesar de já haverem tantos tipos, ainda hoje há criadores tentando desenvolver novas variedades.
                                          

VANTAGENS DO AQUARISMO

Há várias vantagens em se criar peixes ornamentais. Em primeiro lugar, quase todo espaço é suficiente para um aquário, uma vez que existe uma infinidade de tamanhos e formatos. É um hobby ideal para apartamentos, onde se é proibido criar animais maiores. Além disso, os peixes não dão trabalho, não sujam a casa, não fazem barulho, não fogem, não incomodam pedindo comida, não necessitam de sair para fazerem exercícios, entre outros fatos.

Os cuidados são rápidos, consistindo de alimentação, manutenção, limpeza e observação. Atualmente pode-se encontrar uma gama de equipamentos que facilitam muito a criação de peixes para alguns que não têm tempo livre, como alimentadores automáticos, timers para lâmpadas, etc. Além disso, não é necessário nenhuma habilidade especial para lidar com um aquário.

Outro item importante é o fato do aquário ser uma terapia para crianças, doentes, idosos, ou qualquer um que esteja triste, cansado ou estressado. Em estudos científicos desenvolvidos nos Estados Unidos, chegou-se à conclusão que pessoas com problemas de loucura ficavam mais calmas diante de um aquário, com o movimento dos peixes.

Nas crianças, há uma série de vantagens. Eu mesmo, que comecei a tentar criar peixes com cerca de nove anos, pude testemunhar um senso de proteção ao meio ambiente (com o contato com os seres vivos), desenvolvimento de noções de química (devido aos parâmetros da água), matemática (cálculo de áreas e volumes, além de conversão de medidas) e biologia (devido à vida onipresente no aquário), além de ser relaxante. Vale a pena lembrar que os mais jovens devem ser monitorados pelos pais.
Assim sendo, não é à toa que o aquarismo é o terceiro hobby mais comum no mundo, só perdendo para a numismática (coleção de moedas) e fotografia, chegando a superar esta em alguns países.

PLANTAÇÃO

Ao plantar o aquário deve-se levar em conta dois aspectos: o ornamental e o técnico. Na montagem, o aquário deve ser moderadamente plantado, de modo a haver espaço suficiente para o desenvolvimento das plantas.

Algumas dicas podem ajudá-lo na plantação do aquário:
* No centro, dê preferência a plantas grandes, que requerem muito espaço para crescer, como amazonenses (gênero Echinodorus).
* Na parte de trás, coloque plantas altas e finas, como valisnérias, egérias ou elódeas.
* Na parte frontal, dê preferência a plantas pequenas e/ou delicadas, como bacopas, ludvírgias e algumas higrófilas.
* Evite colocar plantas muito próximas ao vidro, pois isto dificulta a limpeza deste e o desenvolvimento das plantas.
* Deixe espaço em torno das plantas que se reproduzem por brotamento, como as valisnérias.
* Plantas de hastes finas, como a cabomba, ficam melhor se colocadas em pequenos grupos.
* Quando amarrar plantas em grupos, não coloque muitas em cada molho e não amarre com força.
* Faça a poda de folhas amareladas, retirando-as antes que morram e fiquem boiando no aquário. Cuidado para não cortar em excesso.

Seguindo as dicas acima, você terá grandes chances de ter boas plantas.                                                       

A ESCOLHA DE SUAS PLANTAS.

A escolha das plantas é tão importante quanto a dos peixes. Difilmente consegue-se colocar, em um mesmo aquário e com sucesso, plantas que requerem condições de vida diferentes. Deve-se, preferivelmente, utilizar juntas plantas que coincidam quanto à luminosidade, pH, temperatura, dureza e exigências alimentares. Do mesmo modo, deve-se levar em conta a afinidade entre os peixes a serem colocados no aquário e as plantas, de modo que se possa atingir um bom equilíbrio biológico.

Para obtenção de sucesso em uma plantação deve-se começar tendo cuidado na escolha das plantas iniciais. Evite comprar as sem raízes (que deveriam tê-las), com folhas amarelas ou amarronzadas, que estejam com um mau aspecto ou com algas impregnadas em suas folhas. Plantas como essas já têm uma grande chance de não dar certo. Procure adquirir plantas eretas e com folhagem brilhante.

Antes de pô-las no aquário, é aconselhável desinfetá-las. Para isso, pode-se utilizar medicamentos à disposição no mercado, seguindo a bula. Alternativamente, uma solução fraca de NaCl (sal de churrasco) ou de KMnO4 (permanganato de potássio) 3 g por litro de água, pode ser utilizada para a retirada de parasitas. Após os banhos, lavar as plantas bem, em água corrente.

Antes de plantar, retire o excesso de raízes e as folhas amarelas ou rasgadas. Se as plantas estiverem murchas, jogue-as fora, pois morrerão no aquário. Não enterre-as muito, pois isso pode prejudicar seu crescimento. Deixe entre o cascalho apenas a parte da raiz, tendo o cuidado para que não fique nenhuma folha enterrada, a qual morrerá e entrará em decomposição, podendo prejudicar a planta e o aquário.

Na aquisição de plantas em molhos, retire o cordão que as prende, o qual pode estar apertando demasiadamente a haste das plantas. Retire as folhas que distam até 3 cm da raiz. Após isso, reúna novamente as ramas e plante-as, enterrando apenas 2 cm (que estão sem folhas).

ÁGUA

A boa qualidade da água é o segredo do sucesso no aquarismo, uma vez que a maioria dos peixes depende completamente dela para sobreviverem, incluindo alimentação, respiração e reprodução. Deste modo, todo o sistema estará comprometido caso a água não esteja limpa e compatível com os espécimes mantidos.

A água utilizada em aquário na verdade é uma solução de sais minerais e outras substâncias em água, e não apenas H2O. Dependendo da concentração de cada substância, variam características como pH e dureza.

A água utilizada em aquário é proveniente principalmente dos rios e lagos, que correspondem a cerca de 3% da água do planeta. Dessa pequena quantia, grande parte está comprometida devido à poluição, razão pela qual deve-se tomar cuidado com a água a ser posta no aquário. Se poluída, ela poderá trazer danos irremediáveis.

Aconselhamos utilizar água a mais pura (sem poluentes) possível, de preferência de poços artesianos. Água da chuva é boa apenas em regiões de ar não-poluído e após algum tempo chovendo, uma vez que a chuva, ao cair, arrasta consigo partículas do ar que podem contaminá-la. Em caso de utilização de água de torneira, deve-se tomar o máximo cuidado com o cloro, uma vez que é altamente tóxico para os peixes, matando-os em cerca de uma a duas horas. No mercado, há kits capazes de testar e retirar o cloro da água, os quais são recomendados. Basta misturar o anti-cloro com a água e em cinco minutos, esta já está livre do cloro.

pH

O potencial hidrogeniônico, mais conhecido como pH, mede a alcalinidade de um meio. Sua escala vai de 0 a 14. Entre 0 e 7, o pH é ácido, 7 é neutro e entre 7 e 14, alcalino (básico). Pode ser calculado pela fórmula: pH = colog[H+], onde [H+] é a concentração dos cátions H+ na solução.

Cada espécie aquática tem um pH considerado ideal, onde ela exerce todas as suas atividades sem problema algum. Isso não quer dizer que uma espécie, se colocada em um pH diferente do seu ideal, irá perecer. Na realidade, pouquíssimas mortes de peixes são causadas por pH. Nesse tópico, o que é perigoso é a sua variação, mesmo que seja retirando um espécime de um pH e colocando-o no seu ideal.

Deste modo, caso você tenha um peixe em um pH não-ideal, é preferível deixá-lo onde está (caso ele esteja vivendo bem) a tranferi-lo para uma água de pH ideal sem cuidado algum. Caso tenha que transferir um peixe, faça o seguinte:
  • Ponha-o em um saco, com a água do aquário onde ele está;

  • Deixe o saco boiando por 5 minutos na nova água (para que a temperatura possa se equalizar);

  • Ponha lentamente (a cada 5 minutos) um pouco da água nova no saco onde o peixe está;

  • Quando o saco já estiver cheio, solte o peixe.

    Esse processo lhe assegurará uma mudança lenta e gradual do pH para o peixe, livrando-o de possíveis seqüelas, sendo válido também para peixes recém-adquiridos.

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  • CUSTO DO AQUARISMO

    Ao se analisar os custos do aquarismo, há três etapas básicas a se considerar: capital inicial, povoamento e manutenção.

    Na primeira etapa, capital inicial de instalação, há gastos basicamente com equipamentos e acessórios. Aí entram o aquário, móvel, filtros, bombas, substratos, termômetros, redes, enfeites e alguns testes e corretivos que devem ser inicialmente comprados, como o anti-cloro (caso a água a ser utilizada contenha cloro, é imprescindível) e teste de pH, amônia, nitritos, nitratos (não são imprescindíveis, mas são importantes). Os custos desta etapa vão depender completamente do tamanho do aquário escolhido, sendo proporcional a este.
    Para um aquário de 70 x 40 x 30 cm (aproximadamente 84 litros brutos), que é de um bom tamanho para início, equipado com filtro biológico de fundo, bomba submersa, cascalho natural, termômetro digital, rede média e com um teste de cloro, o custo fica em torno de R$ 100,00 (este custo pode variar de cidade para cidade e de loja para loja).

    Na segunda etapa, povoamento, há gastos com peixes e plantas. Nessa fase, não podemos fazer uma análise genérica dos custos, uma vez que há peixes que variam de R$ 0,30 (peixes simples) a mais de R$ 500,00 (peixes raros e/ou campeões de concursos). De modo geral, em nossas lojas podemos encontrar peixes que vão de R$ 0,50 a R$ 50,00.
    Para o aquário acima, povoado com cerca de 20 peixes simples, como molinésias, platis, guppies, espadas, mato-grossos, neons, rodóstomos, peixes-lápis, barbos e limpa-vidros (não necessariamente juntos, pois alguns são incompatíveis), que variam de R$ 0,50 a R$ 2,00, o custo fica por volta de R$ 20,00. Aconselhamos, porém, que as compras de peixes sejam feitas pouco a pouco (em média, 5 espécimes por semana, até alcançar o número de peixes desejado. Atenção para não superpovoar seu aquário).
    Para mesmo aquário, povoado com 10 ciclídeos africanos (auratus, lombadois, kribensis, socolofis, julidochromis, etc.), que variam de R$ 1,50 a R$ 5,00, o custo com peixes ficaria em torno de R$ 30,00.
    Se fizermos deste aquário um aquário amazônico, com 2 discos, 10 neons, 10 rodóstomos e alguns pequenos cascudos, o custo pode ficar em torno de R$ 60,00.
    Com as plantas, os preços também variam muito (embora não tanto quanto os dos peixes), podendo cada pé custar de R$ 0,04 (elódeas, egérias, cabombas, rabos de raposa, etc) a R$ 10,00 (plantas grandes, como anúbias e lagenandras).
    Para o aquário acima, o custo de um bom número de plantas (elódeas, amazonenses, higrófilas, bacopas e valisnérias) fica em torno de R$ 8,00.

    Na terceira etapa, manutenção, há gastos com medicamentos, testes, corretivos e alimentação. Além disso, há o gasto com energia elétrica. Para o aquário acima, o gasto mensal fica em torno de R$ 10,00 (ração, alimentos vivos uma vez por semana, trocas de água de 15% semanais e uma bomba submersa). Este custo pode ainda ser reduzido com a criação de alimentos vivos e a fabricação de patês feitos com restos de comida de casa.

    Vale a pena lembrar que os custos acima são para o aquário citado, em sua configuração econômica (sem fazer uso de tampas, aquecedores, filtros externos e iluminação). Esta configuração permite que você possa criar sem grandes transtornos seus peixes inicialmente.
    Este custo ainda pode cair, para o caso de um aquário menor ou ser elevado, com a aquisição de um grande número de acessórios, disponíveis no mercado.

    Como pôde-se notar, um aquário não é tão caro quanto parece. Se comparado com outros animais de estimação ou outros hobbies, sem dúvida alguma, é um dos mais econômicos.       
                                              

    SUBSTRATO

    Uma grande dúvida entre os aquaristas é sobre o que usar como fundo no seu aquário e quais os efeitos disso na sua água. Primeiramente é bom lembrar que o substrato tem várias funções:

    a) Estética: serve como elemento decorador, uma vez que traz um belo efeito visual ao aquário.
    b) Fixação: serve como base de fixação para as plantas aquáticas, de onde algumas delas retiram o alimento.
    c) Nessecidade para peixes: serve para reduzir o stress dos peixes, dando-os idéia de segurança. Alguns deles põem suas ovas em buracos no substrato, enquanto outros enterram-se ou constroem túneis.
    d) Filtração: serve de morada para colônias de bactérias desnitrificantes, que participam ativamente do ciclo do nitrogênio, convertendo substância tóxicas aos peixes em outras menos tóxicas (filtragem biológica da água).

    No aquarismo doce, costuma-se usar dois tipos de substrato: areia e cascalho, dependendo do resultado que se deseja obter, dos peixes mantidos, entre outros fatores.

    Areia

    O uso da areia não é muito comum. Costuma ser utilizada apenas em casos especiais, como na criação de arraias, uma vez que outro substrato pode feri-las facilmente. Tem a desvantagem de poder se compactar, prejudicando a penetração das raízes das plantas (para evitar isso, costuma-se revolvê-la um pouco). Além disso, a circulação de água pelo substrato é muito pequena e não se pode usar filtro biológico de fundo com todas as vantagens deste.

    Cascalho

    Utilizado pela grande maioria dos aquaristas, o cascalho traz algumas vantagens com relação à areia. A mais clara é o fato de propocionar o uso de filtro biológico de fundo no aquário, método de filtragem muito comum, fácil, barato e eficaz.
    Nas lojas especializadas, é possível encontrar vários tipos de cascalhos, com os mais diversos aspectos, colorações e peculiaridades. Há alguns itens a se observar:

    a) Tamanho do cascalho: deve-se escolher um de tamanho médio (1 a 5 mm). O cascalho pequeno oferece o mesmo problema da areia: compacta-se, impedindo o enraizamento das plantas e o fluxo de água. Além disso, impossibilita o uso de filtro biológico de fundo. Cascalho grande, por outro lado, prejudica as plantas (suas raízes não conseguem empurrar os pesados grânulos), além de deixar passar as partículas de alimento que caem. Desse modo, os peixes não podem ingeri-las e elas acabam deteriorando-se no substrato, reduzindo a qualidade da água. Além disso, a área de contato para a instalação das colônias de bactérias desnitrificantes é reduzida e as plantas não conseguem "empurrar" o cascalho com suas raízes.

    b) Tipo do cascalho: deve-se tomar muito cuidado com o tipo do cascalho, pois cada um deles age de forma particular sobre a qualidade de água. A dolomita, por exemplo, alcaliniza e endurece a água facilmente, assim como cascalhos ricos em pedaços de concha e rochas calcáreas.
    Há cascalhos coloridos artificialmente que desprendem tinta quando colocados na água.
    Outros contêm pontas, de modo que podem facilmente ferir os peixes, podendo ocasionar fungos. Por essas razões, aconselhamos a utilização de cascalho rolado de rio, pelo fato de não alterar o pH, dureza e nem a qualidade da água além de, na minha opinião, ser o mais bonito.